"Vc, qr, tbm, hj" - O Tal do 'Internetês' ('Monossílabo')

As palavras a seguir foram ditas pelo escritor, roteirista, dramaturgo e vencedor de um prêmio Nobel de Literatura, José Saramago, em crítica ao Twitter:

Os tais 140 caracteres refletem algo que já conhecíamos: a tendência para o 'monossílabo' como forma de comunicação. De degrau em degrau, vamos descendo até o grunhido.

Ele se refere àquelas palavras que 'abreviamos' na hora de se falar pela internet, como: vc, qr, tbm ou tb, hj, q, vdd e outras. Elas foram criadas por um único motivo: nós somos preguiçosos (quando digo nós, não sou só eu e você, e sim todos os humanos). E sempre foi assim.

Nos dias de hoje, a internet é indispensável. Ela tem tudo: desde textos e imagens até moedas e linguagem próprias. Esta linguagem é o tal do 'internetês',  que é um tipo de adaptação de outras línguas. No Brasil, o 'internetês' tem palavras como o 'vc', o 'obg' e o 'tbm', que significam respectivamente 'você', 'obrigado' e 'também'.

O 'internetês' é usado para diminuir o tamanho das palavras e, se usado em redes sociais, não há problemas quanto a sua utilização. No 'internetês' também há os rostinhos feitos com as letras e os sinais.

Se esse 'idioma' for usado: na escola - em trabalhos e/ou provas - ou no trabalho - em relatórios, por exemplo - ele começa a ser um problema.

Mesmo não sendo considerado um problema, o uso excessivo desta forma de comunicação na internet pode causar uma forma de dependência. O excesso na utilização deste pode fazer as pessoas escreverem desta forma involuntariamente.

Se o 'internetês' for usado constantemente pode fazer com que a gramática seja esquecida. Pode fazer também com que essa forma de comunicação se torne padrão nos meios de comunicação mais primitivos que a internet, como o jornal, a revista e a televisão.

Enfim, a utilização do 'internetês' é válida nas redes sociais, para facilitar e acelerar a comunicação entre amigos, sem exagerar no uso. Já no trabalho, quando o assunto for sério, torna-se dispensável.

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